
A
aprovação da Emenda Constitucional que institui o Imposto sobre Bens e Serviços
(IBS) e a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) é a maior transformação
fiscal do país em décadas. Embora a transição se inicie formalmente em 2026, a
verdadeira data limite para as empresas se prepararem é agora, em 2025.
Não se
trata apenas de mudar um código no sistema, mas de reescrever a lógica de
custo, preço e relacionamento com clientes e fornecedores. A inação neste ano
pode levar a perdas financeiras irrecuperáveis e litígios.
Apresentamos
os três riscos sistêmicos que ameaçam o seu negócio e o checklist de ações
urgentes.
1. Risco 1: Ameaça Imediata à Margem de Lucro
(Precificação em Colapso)
O IBS/CBS
adota o princípio da Não Cumulatividade Plena, substituindo a complexidade de
PIS, COFINS, ICMS e ISS. Contudo, essa simplificação esconde uma armadilha: a
alíquota padrão estimada é alta (próxima a 27%) e o imposto passa a ser
calculado "por fora"
do preço.
Se a sua
empresa não simular o impacto dessa nova alíquota e o novo modelo de crédito, o
resultado é um desequilíbrio imediato:
- Setor de Serviços:
Muitos serviços que hoje
têm uma carga baixa de ISS (e não geram crédito) enfrentarão uma
tributação significativamente maior, exigindo reajuste de preço ou
absorção da perda.
- Crédito Fiscal:
A nova regra de crédito só
funciona se o fornecedor emitir a nota corretamente. Se você comprar de
empresas do Simples Nacional, por exemplo, o crédito pode ser parcial ou
gerar atrito nas negociações.
2. Risco 2: O Perigo Oculto dos Contratos (O
Fantasma da Judicialização)
Seus
contratos de longo prazo, de fornecimento, locação ou prestação contínua foram
negociados sob a égide dos impostos atuais. A entrada do IBS/CBS torna as
cláusulas de preço e repasse de tributos legalmente vulneráveis
.
O Artigo
21 da Reforma prevê mecanismos de reequilíbrio econômico-financeiro para
contratos impactados. Contudo, a ausência de uma revisão proativa força as
partes a buscar a via judicial para resolver disputas, alegando onerosidade
excessiva.
Ações
Cruciais em 2025:
- Cláusulas de Repasse:
Inserir ou ajustar
cláusulas que definam claramente como o valor do IBS/CBS será repassado ou
ajustado.
- Fornecimento Estratégico:
Analisar contratos com
fornecedores do Simples Nacional e aqueles que podem ter aumento de custo,
negociando as novas condições para otimizar a geração de crédito.
3. Risco 3: Colapso Operacional (Adaptação
Tecnológica Imediata)
A
transição começa com o "IVA Teste" em 2026, exigindo novos campos na
Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) para o IBS e CBS.
A
adaptação de um sistema de gestão (ERP) é o projeto mais demorado e complexo.
Ele envolve:
- Novos Cadastros:
Mapeamento de todos os
itens e serviços vendidos e comprados para a correta classificação
tributária no novo sistema.
- Regras de Cálculo:
Implementação das complexas
regras de crédito (Não Cumulatividade Plena) e dos regimes diferenciados.
- Integração:
Garantir que todos os
módulos (Fiscal, Contábil, Vendas e Compras) falem a nova linguagem
tributária.
Conclusão:
Transforme Risco em Vantagem Competitiva
O
empresário que trata a Reforma Tributária como um projeto burocrático de 2026
está colocando seu negócio em risco. O empresário que a trata como uma prioridade
estratégica de 2025
está garantindo uma vantagem competitiva de meses sobre
seus concorrentes.
Não perca
o timing
da sua maior transformação fiscal. Fale conosco hoje e inicie
seu Plano de Adaptação 2025.
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